27.3.06

Ainda os cartoons

Este ano, a bienal do Whitney Museum aborda os dois temas que mais entusiamam os americanos: sexo e Bush (nao confundir com bush = pubic hair, ou sexo do bush). Uma instalacao de nome Peace Tower recebe as visitas à* entrada. Uma enorme armacao em forma de piramide, ornamentada com dezenas de trapos onde se podem ler apelos ao 'fim da invasao' e insultos ao presidente. Depois, nos quatro andares ocupados pela exposicao, ha video, fotografia, pintura, escultura e ... cartoons. Cartoons, cartoons e mais cartoons. Ora sobre sexo, ora sobre Bush. Com dizeres pacifistas primarios, metaforas imbecis, associacoes forcadas de imagens. Anti-americanismo como so os jovens artistas americanos sao capazes. Freitas (antes do MNE) e Louca, ao lado destes 'novos criadores', sao dois meninos (bem) educados pelo Bob Hope. Claro que ha tambem algumas obras surpreendentes e positivamente impressionantes. Mas o que aqui mais ordena é* o cartoon. Bera, previsivel, aborrecido, facil, esteticamente debiloide. Por estes dias, em Nova Iorque, a arte contemporanea limita-se a acompanhar a corrente. Enfim, a desilusao foi tal que tive vontade de soltar la dentro trinta e sete maradonas, devidamente munidos com tacos de basebol, e fechar a porta a chave.

* Dicas para quem escreve de uma terra sem acentos. Ir a uma pagina escrita em portugues e fazer copy/paste.