18.5.06


Os últimos dez minutos da final da Taça dos Campeões foram das coisas mais maçadoras a que se assistiu desde que a televisão começou a ser transmitida em Portugal. O famoso carrossel do Barça - uma troca de bola amaricada entre vários jogadores por entre risinhos e saltinhos -, duas ou três aproximações à área, zero remates, zero fintas, zero golos. Tivesse o Barcelona marcado primeiro e, muito provavelmente, todo o jogo teria sido assim. Os deslumbrados e patos bravos da bola virão sempre falar da abertura e do toque de cú do Ronaldinho, da inteligência do Deco a jogar com os olhos, da presença do Eto que assusta a três metros e embaraça a um, disto, daquilo e daqueloutro. Mas o que se viu foi uma equipa a fazer um jogo cobardola, depois de ter sido aprendiz numa lição de bem jogar em contra-ataque que só não fica para a história por não ter sido letal. As emoções que a final da Liga provocou devem-se em exclusivo ao Arsenal. O Barcelona, previsível até mais não, limitou-se a ganhar. Uma chatice.