A conversa de alguns “liberais” assemelha-se a uma tradução ordinária e apressada da teoria da luta de classes. Em vez de proletariado ou classe oprimida há “cidadãos”, “pessoas”, “indivíduos”. Em vez de burguesia ou classe opressora há o Estado com letra maiúscula. O Estado dedica-se a explorar o cidadão, ficando-lhe com a mais-valia. O bom do cidadão é consumido a tentar libertar-se das garras estatais. Uma luta heróica que esperam poder conduzir a uma sociedade sem Estado, assente no pressuposto do bom selvagem, hoje transformado em homem de mérito, negócios e livre iniciativa. Curiosos, estes “liberais”. No meio de tanta dialéctica marxista nunca lhes ocorreu que, no dia em que o Estado acabasse, eles seriam dos primeiros a ficar sem cabeça.
10.9.07
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