22.3.06

Keep the film spinning

É possível gostar de Johnny Guitar sem ter lido o Bénard. Mas depois de ler o Bénard é-se obrigado a gostar mais de Johnny Guitar. Na educação cinéfila, como se sabe, há o antes e o depois de Bénard. Claro que a grande maioria dos filmes já são vistos no depois de Bénard. E isso, em regra, valoriza-os, engrandece-os, enobrece-os, dá-lhes contexto. Ontem, para não variar, a cinemateca passou Johnny Guitar. Não fui. Mas estou certo que a sala estava cheia de pós-Bénardianos - com mais ou menos golas altas, com mais ou menos óculos de massa - desejosos de assistir à fita e tentar perceber o porquê.