10.7.06

Gostar de cabeçadas

Zidane despede-se em alta. Como um homem. Como um marselhês. E com uma das melhores cabeçadas jamais dadas. Frontal e denunciada. Brutal e limpa. A opção pelo peito de Materazzi deveu-se, certamente, ao especial cuidado estético que Zidane põe no jogo: sujar o campo com sangue e dentes do italiano, foi algo que quis evitar. Também por isso a FIFA fez bem em dar-lhe o prémio de melhor jogador. O futebol não é só desporto. Muito menos bola e mãos na cara.

Mais três cabeçadas de antologia:

Canavarro, na pequena área, recua no ar, puxa a cabeça atrás do tronco, e remata forte e seco; Toni, desde o limite da grande área, voa três metros e põe a bola dentro da baliza; Zidane (outra vez), em pura levitação, a cabeça numa rotação perfeita, para defesa de Buffon.

Viva Zidane
Viva Itália