26.4.06

Separados à nascença (defesa da honra)

Passo a vida em busca de semelhanças físicas entre pessoas. Interessam-me, sobretudo, as parecenças de cara e de expressão, seja esta facial, gestual, maneirismos no falar, idiossincrasias no modo de reagir - no que de físico há numa reacção -, na forma de responder a perguntas, etc. Já encontrei alguns Saddams Husseins (período pré-invasão) em Lisboa e conheço pelo menos um homem que é idêntico em todos aqueles aspectos ao Gilberto Madaíl. Depois, a cada esquina, deparo-me com sósias de personagens de banda desenhada (o Pedro Lomba, por exemplo, com uma farta, desordenada e pontiaguda barba, é igual ao Rasputine do Corto Maltese na Sibéria), de animais (o exemplo clássico é Ângelo Correia e um castor), de gente do show biz americano (menos) ou turco (mais), da representação pictórica de figuras históricas (já vi Napoleão a calcetar passeios e Arquimedes a assar sardinhas), ou até de divindades (sim, já dei de caras com seres semelhantes a Deus). Mas nunca, até hoje, vi alguém parecido comigo. O Jaime tem qualquer coisa de japonês. De japonês paulistano, se é que me faço entender. Agora eu, meus queridos, nem com um garrafão de vinho em cima sou parecido com o Nobuhiro.