30.1.07
28.1.07
Serviço público de soma + 1
Sacar duas militantes do sim e passar o dia 11 de fevereiro, fechado em casa, a vê-las entreterem-se.
p. by Eduardo
Serviço público de soma zero
Sacar uma gaja do Sim e passar o dia 11 de fevereiro, fechado em casa, a entretê-la.
p. by Eduardo
Serviço público
Fretar uma camioneta para levar velhinhas reaccionárias com dificuldades de locomoção à urna de voto.
p. by Eduardo
25.1.07
Disco* é uma espécie de saturday night
p. by Eduardo
24.1.07
21.1.07
Sobre barbas e a perda da inocência
Al Pacino em Serpico e Springsteen circa Born to Run
Born to Run, conta o documentário que acompanha a edicção comemorativa dos seus 30 anos, demorou dezoito meses a pôr de pé. Springsteen quis controlar todos os acordes, todos os solos, todas as notas. Foram gravadas dezenas de takes para cada música. Às tantas, perdido no meio da imensidão de material em bruto, Springsteen chamou Jon Landau, um produtor de Boston, para ajudá-lo a desembaraçar os nós. Tal como Pet Sounds, Born to Run é um disco de estúdio, onde não há lugar para jam sessions ou improvisações. As letras falam sobre a (boa) ideia de partir rumo a uma vida melhor. Mas a corrida não foi longe. Três anos depois, já não há Serpico para ninguém. Já não há barba nem bigode. Darkness on the Edge of Town é o disco que se segue.
p. by Eduardo
19.1.07
18.1.07
17.1.07
Da determinação
p. by Eduardo
16.1.07
78-82
Na viragem dos anos 70 para os oitenta havia midnight movies, o rock mutante, Ronald Reagan. E tu tinhas acabado de nascer.
p. by Eduardo
13.1.07
Em defesa da família
Last Days of Wonder, The Handsome Family, um dos discos de 2006 que acaba por ser melhor em 2007. Até porque só foi comprado em 2007.
p. by Eduardo
11.1.07
Olhem para os Crumb, olhem para os Crumb
Ambos tão talentosos como Robert. Mas um e outro com aspecto, trejeitos e hábitos de um bicho. Charles (de cinquenta e poucos anos) surge em casa da mãe, afogado em psicotrópicos, num quarto de onde pouco sai, com um pijama que raramente despe, longe do banho que nunca toma. Maxon (quarentas), por seu lado, vive num fétido hotel em São Francisco, onde passa horas sentado sobre uma cama de pregos, a babar-se e a meditar. Com o tempo, as próprias caras embruteceram, aproximando-se do mongolismo. Razão para a miséria humana: os traumas sexuais que ambos sofreram durante infância e adolescência. A indiferença, o desdém ou o asco que suscitaram nas meninas que conheceram. O filme é de 1994. No mesmo ano, Charles suicidou-se (consta que ainda virgem). Max é um solitário que mendiga nas ruas e atormenta chinesas no metropolitano. Quando vejo os nossos self deprecated sexuais tenho vontade de rir. Olhem para os Crumb. Olhem para os manos Crumb. E dêem graças pelo sucesso que têm.
p. by Eduardo
10.1.07
old school
p. by Eduardo
9.1.07
4.1.07
If it has more than three chords, it's jazz
O prefácio de Philip Larkin para a segunda edição de All What Jazz (faber and faber, 1985) - o livro que reúne as críticas que publicou no Daily Telegraph entre 1961 e 1970 - é uma das mais contundentes manifestações de reaccionarismo musical que até hoje li.
Para Larkin, terminada a Guerra, dificilmente se pode falar em jazz. É com espanto e horror que descreve o aparecimento do bop e a entrada em cena de Charlie Parker, um homem que, segundo nos conta, "couldn't play four bars without resorting to a peculiarly irritating five-note cliché from a pre-war song called The Woody Woodpecker Song". Em cerca de dez páginas, Philip Larkin, um nostálgico da great american music na linha de Woody Allen, desfaz com arte e humor todo o jazz "moderno". De Monk ("a not-very-successful comic, as his funny hats proclaimed") a Coltrane ("gigantic absurdity, great boring excursions on not-especially-attractive themes ..."), passando por Miles Davis ("Davis had several manners: the dead muzzled slow stuff, the sour yelping fast stuff, and the sonorous theatrical arranged stuff, and I disliked them all").
Aos ouvidos de Larkin, tudo o que era então novo soava mal - é verdade que ainda não tinham aparecido Housemartins nem Happy Guillotineros - e com tendência para piorar, à medida que o calendário avançava. A novidade não era o máximo. Pelo contrário: o free jazz é qualificado como um ultraje. Ornette Coleman, Albert Ayler e Archie Shepp, como uns impostores. "By this time I was quite certain that jazz had ceased to be produced. The society that had engendered it had gone, and woul not return", sentencia, pesaroso, Larkin .
Este é um maravilhoso texto reaccionário, do qual, como é óbvio, discordo. Para além de adorar a maioria dos nomes que Larkin despreza, não acho que a essência do jazz tenha sido subvertida com o fim do período clássico. É certo que se intelectualizou, o que deu azo às maiores aldrabices e charlatanices. É certo que se colou muitas vezes a movimentos políticos, o que o levou a algum pedantismo. É certo que se tornou menos melódico e apelativo, e logo pouco popular. Mas a originalidade desta música persistiu. As suas características primeiras permaneceram. O swing não desapareceu. Mais ou menos contaminado por corpos estranhos, o jazz continuou a ser a música que os escravos inventaram a apartir dos instrumentos abandonados pelos soldados brancos no fim da Guerra de Secessão. Hoje, menos happy, mas tocado por homens com barriga mais cheia.
p. by Eduardo
2.1.07
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